Sta. Luzia, Imagem de santo
Anexos
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Miniatura
Número de registro
143
Denominação
Título
Sta. Luzia
Autoria
Resumo descritivo
Escultura de figura feminina representando Sta. Luzia; tem o cabelo castanho descoberto, panejamento vermelho, verde, azul-claro e branco, com detalhes florais em azul-escuro, dourado e rosa; suas mãos estão erguidas à frente; a mão esquerda segura um recipiente oval, provavelmente um prato. Possui base arredondada na cor azul, com traços brancos, azul-escuro e dourados na parte superior.
Data de produção
Local de produção
Classificação
Material/técnica
Altura (cm)
23,3 cm
Lagura (cm)
11
Profundidade (cm)
7,5
Características estilísticas
A frente da escultura apresenta panejamento com dobras em diagonal, conferindo movimento à peça. As pregas são bem marcadas; e a talha, bem definida. Possui olhos de vidro. O estofamento é distinguido pela presença de douramento em reserva, complementado com pintura a pincel. A face posterior da escultura é pouco movimentada. A disposição do manto, que é vertical com suaves ondulações na talha, desce dos ombros até os pés, deixando-os ocultos.
Características técnicas
Escultura em madeira policromada.
Características iconográficas/ornamentais
Representação tradicional de Sta. Luzia, também denominada Lúcia, a protetora dos olhos, que, segundo o já batido lugar-comum, são a janela da alma. Santa Luzia nasceu em 280 d. C. em Siracusa, Itália. Seu nome em Latim deriva de 'luz'. A bandeja com os olhos de Sta. Luzia representa sua fidelidade a Jesus Cristo. Luzia — uma bela jovem — atraía as pretensões casamenteiras de um nobre, mas ela, que fizera um voto de castidade, recusava-lhe as investidas. Este, insistente e inconveniente, alegava que se encantara com a beleza dos olhos dela. O assédio a levou a arrancar seus próprios olhos e a entregá-los ao nobre desagradável numa bandeja, dizendo-lhe que a verdadeira beleza não se via com os olhos, mas, sim, com o coração. No que concerne às técnicas de ornamentação, a imagem apresenta na vestimenta douramentos em reserva no formato de florão, que, complementados com pintura a pincel no contorno dos florões, contêm flores em sua parte central e elementos lineares no corpete.
Marcas/Inscrições/Legendas
Etiqueta amarelada embaixo da base com o número 179. Etiqueta branca com a inscrição uma ? nobre.
Dados históricos
Origem e autoria desconhecidas. Não tem datação.
Referências bibliográficas/arquivísticas
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|ETZEL, Eduardo. Imagem sacra brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1979.
|MOREIRA, Fuviane Galdino. Análise tipológica dos estofamentos das esculturas policromadas do acervo de arte sacra do Museu Solar Monjardim. 2009. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de bacharel em Artes Plásticas) — Departamento de Artes Visuais, Centro de Artes, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2009.
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|ROCHE, Daniel. História das coisas banais: nascimento do consumo nas sociedades tradicionais (séculos XVII–XIX). Lisboa: Teorema, D. L. 1998.
Projeto
Acervo do projeto de Atualização do Inventário do Acervo de Arte Sacra do Museu Solar Monjardim em Vitória no Espírito Santo.