Sant’Ana Mestra, Imagem de santo, Entre 1700 e 1800
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Miniatura
Número de registro
161
Denominação
Título
Sant’Ana Mestra
Autoria
Resumo descritivo
Escultura de figura feminina representando Sant’Ana Mestra. A imagem encontra-se sentada; possui olhos de vidro, cabelo castanho coberto por manto na cor alaranjada na face externa e azul-clara, com motivos florais, na face interna; veste túnica em tom azul mais escuro do que a tonalidade do manto, com detalhes dourados e motivos florais pintados em nuanças de vermelho, azul e amarelo; sua mão direita está apoiada sobre um livro, e sua mão esquerda “sustenta” Maria Menina. A imagem de Maria Menina usa vestido azul-claro com motivos florais e detalhes de douramento; sua mão esquerda apoia o livro, e seu braço direito se encosta na parte superior desse livro (não tem mais a mão direita). A base é de madeira na cor vermelha.
Data de produção
Local de produção
Classificação
Material/técnica
Altura (cm)
22,7 cm
Lagura (cm)
14
Profundidade (cm)
7,5
Características estilísticas
Ornamentação típica das esculturas ditas “Baianinhas”: douramento em reserva com o formato retangular dos detalhes em folha de ouro para valorizar onde se utiliza a folha metálica e pintura em cores vivas a pincel sobre o panejamento. A escultura apresenta traços delicados e conhecimento de proporções do corpo humano.
Características técnicas
Escultura em madeira policromada.
Características iconográficas/ornamentais
O culto à Sant’Ana reproduz o sentimento ancestral da relação do poder gerador da terra com o da mulher, ao mesmo tempo em que encarna outro culto à Antiguidade — a reverência aos antepassados e ao conhecimento que se transfere de geração em geração. Por isso, denominada “Mestra” ou “Guia”, Sant’Ana é representada como uma mulher madura, serena, transmitindo seu conhecimento ou guiando a Virgem Maria pelas mãos, quando não a traz ao colo. O tipo iconográfico de Sant’Anna Mestra foi criado no séc. XIII ou antes, possivelmente na Inglaterra. O livro que Anna carrega é seu atributo essencial. Sant’Anna Mestra é representada sempre com o livro aberto às mãos ou sobre os joelhos. Se estiver em pé, a filha estará aos seus braços. Se estiver sentada — sua posição mais habitual —, Maria estará ao seu colo ou em pé ao seu lado. Ornamentação típica das esculturas ditas “Baianinhas”: douramento em reserva para valorizar onde se utiliza a folha metálica e pintura em cores vivas a pincel sobre o panejamento.
Marcas/Inscrições/Legendas
Legenda pintada embaixo da base com a inscrição do número de registro da peça, cobrindo parcialmente as letras GA. Do lado esquerdo há um resquício de papel branco colado.
Dados históricos
Origem e autoria desconhecidas. Provavelmente do século XVIII ou XIX.
Referências bibliográficas/arquivísticas
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|ETZEL, Eduardo. Imagem sacra brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1979.
|MOREIRA, Fuviane Galdino. Análise tipológica dos estofamentos das esculturas policromadas do acervo de arte sacra do Museu Solar Monjardim. 2009. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de bacharel em Artes Plásticas) — Departamento de Artes Visuais, Centro de Artes, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2009.
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|ROCHE, Daniel. História das coisas banais: nascimento do consumo nas sociedades tradicionais (séculos XVII–XIX). Lisboa: Teorema, D. L. 1998.
|SOUZA, Maria Beatriz de Mello e. Mãe, Mestra e Guia: a Iconografia de Sant'Anna. Topoi: Revista do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ, Rio de Janeiro, p. 30-50, 2002.
Projeto
Acervo do projeto de Atualização do Inventário do Acervo de Arte Sacra do Museu Solar Monjardim em Vitória no Espírito Santo.