Nossa Senhora da Conceição, Imagem de santo, provavelmente Séc. XVII
Anexos
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Miniatura
Número de registro
86
Denominação
Título
Nossa Senhora da Conceição
Autoria
Resumo descritivo
Escultura de figura feminina representando N. Sra. da Conceição, com olhos oblíquos, cabelos castanhos descobertos, mãos postas; está sobre globo, com aparente meia-lua do lado direito, nuvens e cabeças de cinco querubins. É oca, visível pela parte de baixo da base.
Data de produção
Local de produção
Classificação
Material/técnica
Altura (cm)
28,3 cm
Lagura (cm)
12,4
Profundidade (cm)
8,3
Características estilísticas
A escultura veste túnica e manto com modelagem bem elaborada. O cabelo é marrom, longo, encaracolado e está descoberto. O estofamento é rico e confere à escultura um panejamento luxuoso.
Características técnicas
Escultura em terracota policromada.
Características iconográficas/ornamentais
N. Sra. da Conceição. Em 25 de março de 1646, na corte de Lisboa, com aprovação unânime dos Três Estados, Dom João IV leu a sua proclamação, dedicando o Reino de Portugal e suas 19 conquistas à N. Sra. da Conceição Imaculada, prometendo defender com sacrifício da própria vida, se fosse necessário, que a Virgem N. Sra. tinha sido concebida sem o pecado original. No séc. XVII, já existiam capelas e igrejas em devoção à N. Sra. por todo o Brasil, de norte a sul. A devoção a Maria foi a mais disseminada em toda a nossa terra. Os braços da escultura em análise estão estendidos, dobrando-se nos cotovelos, e os antebraços quase se encontram, permitindo que as mãos fiquem juntas. Essa informação junto ao caráter de meia-lua na peanha da imagem nos dá embasamento para a sua identificação iconográfica. O estofamento é marcado pela presença de pintura a pincel, punções e esgrafitos sobre o douramento. A carnação é rosada.
Marcas/Inscrições/Legendas
Legenda pintada embaixo da base com a inscrição do número de registro da peça.
Dados históricos
Maria Gama Araújo consta como possível doadora da peça ao Museu de Arte Religiosa. Origem e autoria desconhecidas. Provavelmente, é uma imagem do século XVII.
Referências bibliográficas/arquivísticas
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|ROCHE, Daniel. História das coisas banais: nascimento do consumo nas sociedades tradicionais (séculos XVII–XIX). Lisboa: Teorema, D. L. 1998.
Projeto
Acervo do projeto de Atualização do Inventário do Acervo de Arte Sacra do Museu Solar Monjardim em Vitória no Espírito Santo.